quinta-feira, 29 de março de 2012

Num certo sentido, a inveja!








Isso que vou descrever é muito conhecido por alguns estudiosos, mas quando aprendi, pensei que poderíamos partilhar aqui nesse artigo.

Trata-se da atribuição de causas a determinadas ações que desempenhamos. Vejamos:

Se você passa num teste qualquer, você atribui esse sucesso a um fator interno, ou seja, você sabia o bastante para passar; isso não foi nenhuma novidade. Você reconhece que estava preparado para demonstrar tão positivo desempenho ao realizar o teste.

Agora, se você não passa, você atribui o seu fracasso a um fator externo, ou seja, você não conseguiu porque o teste não foi adequado, ou você foi impedido de estudar mais, ou não lhe avisaram que seria do tipo que foi, etc.

Interessante, não é?

Mas veja como a ordem dos fatores vão se modificar agora:

Quando a situação não é mais com você, mas com outra pessoa, esqueça o esquema anterior, pois a relação se dará ao contrário! Isso mesmo, veja:

Se a outra pessoa passar no teste, você irá dizer assim: passou porque foi fácil de mais! Ou então: passou porque foi múltipla escolha e teve sorte ao escolher as alternativas. Viu como você só está dando justificativas se baseando em fatores externos (fora da pessoa) para aceitar que ela tenha passado no teste?

E se ela não passar, veja só como você, possivelmente, irá reagir: fulano não passou porque é burro! Ou então: não passou porque nunca aprendeu nada sobre esse assunto, etc.

Viu só que, possivelmente, você atribuirá ao fracasso do outro, fatores internos? E ao sucesso, fatores externos. E quanto a você, você, possivelmente, fará justamento o contrário, isto é, ao seu sucesso, fatores internos e ao seu fracasso, fatores externos.

Exatamente como muitas vezes as pessoas fazem com Deus!

Se conseguimos vencer uma batalha, em qualquer sentido, então ficamos bem e pensamos: até que eu estou melhor do que pensava!

Agora, se não conseguimos vencer uma batalha, em qualquer sentido, então falamos que Deus não nos ajudou; que Deus se esqueceu de nós; ou que Deus quis nos castigar!

Vamos pensar um pouco nisso e, se por ventura, estivermos presos a essas armadilhas tão injustas de troca de valores para justificativas afetivas, retomemos a reta intenção e tenhamos a humildade de reconhecer internamente, também, os nossos fracassos; e coloquemos Deus nas duas situações:

Se conseguimos digamos: graças a Deus!

Se não conseguimos digamos: Senhor Deus, me ajude a ser melhor para a próxima tentativa!

Amém.




Pe. Amauri

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